A perda de um ente querido é a prova mais dolorosa que o Espírito enfrenta em sua breve passagem pela Terra. Como entender um fato que parece fechar todas as portas à esperança? Conviver sem a presença física de quem tanto estimamos? Controlar a saudade dos mínimos gestos? Saudade essa que ao contrário do que dizem, parece aumentar com o tempo. Como suportar a voz que se calou trazendo um terrível silêncio? E o que fazer para conter as lágrimas diante das fotografias de um passado que não retorna?
Manter a confiança torna-se tarefa complicada quando o futuro nos parece tão incerto.

Tudo à nossa volta parece sem sentido e penoso, falta coragem para os mínimos atos. Emoções se misturam, num instante a revolta, a descrença, a vontade de gritar sem parar e em outro momento, reina a melancolia, o pranto, a vontade de desistir.

Tudo à nossa volta parece sem sentido e penoso, falta coragem para os mínimos atos. Emoções se misturam, num instante a revolta, a descrença, a vontade de gritar sem parar e em outro momento, reina a melancolia, o pranto, a vontade de desistir.
Desesperados queremos nos apoiar em algo, mas parece não haver remédio para nossa dor!
Como almejamos por notícias, por provas de que a vida prossegue, de que um dia o reencontro realmente ocorrerá, mas nossos apelos parecem em vão. Por que tamanha dor que dilacera nossas almas e ceifa nossos sonhos, planos, momentos? São as perguntas que continuamos a buscar.
E a cada manhã, travamos uma intensa luta para levantarmos e principalmente nos mantermos de pé. O sofrimento é imenso, que fica complicado até para compartilhar, faltam palavras para expressá-lo.
Daríamos tudo por apenas um minuto na presença de nosso pai querido, pela chance de encontrarmos o mesmo olhar, de acariciarmos a face e sentir novamente o seu calor. De termos a certeza de que a vida continua, mas a nossa frente só escuridão, olhos turvos de lágrimas, peito ardendo de tanta saudade...Onde está a piedade divina?
Nas minhas memórias você continuará vivendo, e na minha
saudade estará eternamente presente!
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