segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

DEPOIS DOS 40!!!


As mulheres pela visão de um homem...Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção. Não temos a menor ideia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação se dá de outra forma, isso quer dizer: se tem forma de guitarra... está bem.
Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas. As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, carnudas... Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, parecem odiar as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas.
A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranquila e cheia de saúde.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não da de entrar, sem ficar psicótica, no mesmo vestido que usava aos 18. Uma mulher de 45, que entra na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua tendência a culpas. Ou seja, aquela que, quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes); quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que gosta, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos em formol, nem em spa... Viveram!
O corpo da mulher é o sagrado recinto da gestação de toda a humanidade, onde foi alimentada, ninada e, sem querer, marcada por estrias, cesárias e demais coisas que fizeram parte do processo que contribuiu para que estivéssemos vivos.
Portanto, Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se! A beleza é tudo isto.
Paulo Coelho
Foto: Matthias Vriens-McGrath

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Será que sou mais um vagabundo?*

Será que sou mais um vagabundo?*


por Marcelo Andrade**

Esta pergunta sempre ronda a minha cabeça quando escuto dizer que quem recebe bolsa do Estado – em especial as do Programa Bolsa Família – são “acomodados” e que dispensam o trabalho para ficar na“vagabundagem”. Após uma conversa animada com amigos sobre a importância do Programa Bolsa Família, resolvi assumir que também sou mais um “vagabundo” que recebeu e recebe bolsa do Estado.

Considerei as diferentes bolsas de estudos que recebi e fiz as contas da minha “vagabundagem”. Em valores corrigidos e/ou equivalentes, eu sou um “acomodado” que teve o seguinte custo aos cofres públicos:

- 2 anos de Bolsa de Iniciação Científica, CNPq (24 x 400,00 = 9.600,00).
- 2 anos de Bolsa de Aperfeiçoamento em Pesquisa (24 x 550,00 = 13.200,00). Esta modalidade de bolsa foi extinta pelo CNPq, mas à época (1996-1998) era equivalente à Bolsa de Apoio Técnico, valor que foi aqui considerado.
- 2 anos de Bolsa de Mestrado, CAPES (24 x 1.500,00 = 36.000,00).
- 2 anos de Bolsa de Doutorado no País, CNPq (24 x 2.200,00 = 52.800,00).
- 2 anos de Taxa de Bancada de Doutorado no País (24 x 394,00 = 9.456,00). Este valor é uma vantagem da Bolsa do CNPq em relação à da CAPES. Como fui um dos melhores colocados no Curso de Doutorado, fui “agraciado” com uma bolsa mais vantajosa.
- 1 ano de Bolsa de Doutorado Faperj Nota 10 (12 x 3.050,00 = 36.600,00). Bolsa do Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) que é uma distinção para estudantes de doutorado que apresentam os melhores desempenhos acadêmicos.
- 1 ano de Bolsa de Doutorado no Exterior, CNPq (13 x 4.160,00 (1.300 Euros) = 54.080,00), sim eles pagam uma mensalidade a mais considerada como Auxílio Instalação. (Considerei a seguinte correlação 1 Euro = 3,20 Reais).
- 3 anos de Bolsa de Produtividade em Pesquisa, CNPq (36 x 1.100,00= 39.600,00).
- 3 anos de Bolsa Jovem Cientista, Faperj (36 x 2.100,00 = 75.600,00).

Em 20 anos, recebi, em valores corrigidos, R$ 326.936,00. São aproximadamente R$ 1.362,24 por mês. Mas, na verdade, nunca me chamaram de “vagabundo” e muito menos consideraram que estava recebendo uma bolsa para ficar “acomodado”.

Após a revelação dessas cifras, meus amigos começaram a fazer várias ponderações a fim de me remover desta terrível convicção, ou seja, de que eu sou um vagabundo e, ainda por cima, durante duas décadas.

“Ah, eram bolsas para você estudar e não ficar sem fazer nada!” Sim, é verdade. Mas, por favor, não esqueçam que o Programa Bolsa Família exige que as crianças estejam matriculadas e frequentando a escola. Então, a meu ver, também funciona com uma bolsa de incentivo aos estudos. Estar matriculado e frequentando a escola não significa necessariamente que alguém aprenda algo, mas sem matrícula e frequência me parece óbvio que a escolarização esperada não poderá acontecer.

“Ah, mas foi um investimento público para formar um pesquisador que iria trabalhar pelo país!” Em primeiro lugar, vale lembrar que o Programa Bolsa Família tem sido decisivo para diminuir os níveis de analfabetismo e evasão escolar em nosso país. Criança que não frequenta a escola tem menos possibilidades de aprender a ler e, consequentemente, de terminar a educação básica. Sem educação básica, ninguém poderá se profissionalizar, quanto mais pensar em ser pesquisador. Em segundo lugar, é bom registrar que muitos pesquisadores formados com recursos públicos não se fixaram no país e foram trabalhar em centros de referências do exterior, mas poucas pessoas consideram que eles são vagabundos que lesaram o país. Por fim, se o país não forma seus recursos humanos os melhores postos de trabalhos ofertados ficam vagos ou disponíveis a profissionais de outros países. Sabemos que hoje, por exemplo, precisamos “importar” médicos e engenheiros. Se muitos não começarem lá na educação básica alguns tantos não chegarão ao ensino superior e não prestarão um serviço profissional que todos nós precisamos, tais como medicina e engenharia. Alguém, realmente, pode acreditar, então, que manter crianças na escola é formar uma geração de vagabundos?

“Ah, mas era para você gastar em pesquisa, gerar conhecimento!” As bolsas que recebi sempre exigiram um relatório final, mas não, necessariamente, uma prestação de contas sobre como e em que gastei o recurso. Com exceções da Taxa de Bancada do Doutorado e da Bolsa Jovem Cientista, nunca tive que comprovar em que exatamente gastei o dinheiro. Tive sim que apresentar os trabalhos finais (dissertação, tese, relatórios de pesquisa), tal como o beneficiário do Bolsa Família precisa comprovar a frequência escolar e a vacinação dos filhos. No caso das bolsas de estudo e de pesquisa, pode-se, inclusive, gastar com “sexo, drogas e rock'n roll”, ao contrário da Bolsa Família que o cartão magnético não pode ser usado na compra de cigarros, bebidas alcoólicas ou em outros itens considerados não essenciais. O que quero dizer é que o controle sobre os gastos do Programa Bolsa Família são bastante rígidos, o que na maioria das vezes não acontece com algumas modalidades de bolsas de estudos. Vale lembrar ainda que nunca pediram minha caderneta de vacinação, ou seja, pude receber as bolsas de estudo como um investimento para o país e se quisesse poderia não se preocupar com a minha saúde, o que seria um desperdício de dinheiro público. Imagine que é possível o investimento de dinheiro público na formação de um profissional que poderia não dar o devido retorno pelo simples fato de não cuidar de sua saúde e não viver suficiente para prestar o serviço para o qual foi formado.

“Ah, mas você é um cara que tem consciência, soube aproveitar as oportunidades!” Nem deveria responder a esta ponderação, pois o pressuposto é que pessoas pobres não sabem aproveitar as oportunidades. Vim de uma família muito simples, de gente trabalhadora e com poucos recursos. Meus pais tinham poucos anos de escolaridade e tiveram oito filhos. Sem as bolsas de estudo não poderia ter chegado aonde cheguei e nem teria ajudado outros a avançar socialmente. Se tivessem lançado sobre mim a dúvida que não era merecedor das bolsas, talvez, eu tivesse acreditado, desde muito jovem, que era um “vagabundo mamando nas tetas do governo”, só para ficar estudando. Mas, ao contrário, o privilégio (sim, bolsas de estudo num país de gente que passa fome é um privilégio) de receber uma bolsa de estudo nunca me trouxe nenhum rótulo negativo, mas me impulsionou, desde a iniciação científica, a estudar mais.

“Ah, mas estas bolsas não estimulavam você ter mais filhos e se manter na pobreza”. As pesquisas sobre controle demográfico apontam que quanto mais uma população é escolarizada maior é o controle sobre a natalidade, ou seja, o melhor “anticoncepcional” que existe é aumentar o nível educacional da população, principalmente das mulheres. Assim, acredito que, em longo prazo, a Bolsa Família ajudará no controle da natalidade, se isso for realmente um problema.

Após as ponderações de meus amigos, conclui que investimento que exige como contrapartida mais educação e cuidado com a saúde não poderia formar uma geração de vagabundos. Tenho clareza que os fundos de pesquisa dos quais participei formou uma geração de pesquisadores e, muitos deles, fortemente comprometidos com o país. Se investimento público em estudos gera vagabundos, então, eu sou um deles. E há muitos outros por aí. Alguns, inclusive, contrários à Bolsa Família.

Estas breves reflexões sobre minhas bolsas de estudos e o Programa Bolsa Família foram publicadas numa rede social. O texto alcançou mais de 22 mil compartilhamentos em pouco mais de uma semana. Nunca pensei que um depoimento meu pudesse interessar tanta gente. Pude acompanhar o que outras pessoas (maioria de desconhecidos para mim) vinculam ao meu texto. A maioria concorda, agradece os argumentos e parabeniza por divulgar os valores, que para muita gente é um tanto misterioso. Na verdade, os valores são públicos e é fácil chegar a esta conta vendo o Currículo Lattes de cada pesquisador. Por outro lado, alguns me acusam de defensor do governo, de assistencialista ou esmoleiro. Não sou filiado a nenhum partido político e não fiz defesa de nenhum governo, mas de um programa de transferência de renda mínima vinculada à educação e saúde que, aliás, atravessa governos, de um e de outro partido.

Só quis mostrar que, a meu juízo, o Programa Bolsa Família não é um incentivo à vagabundagem. Não acho que seja “dar o peixe”, mas sim “ensinar a pescar”, já que fortalece o ingresso e a permanência de crianças pobres na escola. Por que manter crianças na escola – especialmente as mais pobres – seria“dar o peixe”? Ir à escola não seria uma das maneiras mais importante de “ensinar a pescar”? Com este simples incentivo, as crianças mais pobres podem se manter na escola e o trabalho infantil – que, durante gerações, condenou-os ao ciclo de baixa escolaridade, pouca profissionalização e baixos rendimentos – deixa de ser uma alternativa atraente. Além disso, parece-me uma contradição ser a favor de mais educação e mais saúde e ser contra um programa que mantém crianças pobres frequentando a escola e com a vacinação em dia.

Ninguém – nunca, jamais – fez um julgamento pejorativo sobre o fato de eu ser bolsista da CAPES, CNPq ou FAPERJ. Ninguém nunca me chamou de vagabundo por isso. Sempre me olharam com respeito por eu ter uma bolsa de estudos. Mas, se algo semelhante é feito para os mais pobres é esmola. Como assim?! Minha hipótese é que as bolsas de estudo e pesquisa envolvem um argumento um tanto confuso sobre o “mérito” enquanto a Bolsa Família é, a meu juízo, uma clara ação de justiça social, de tentativa da promoção de igualdade. Assim, numa sociedade na qual o mérito vale mais que a justiça e a igualdade, eu me tornei um bolsista “respeitável” e os que recebem Bolsa Família são pejorativamente “estigmatizáveis”, ou seja, são “vagabundos” e “acomodados”.

Lamento, sinceramente, em perceber que neste país o mérito e os privilégios dele derivados sejam mais valorizados que a justiça e a igualdade. Acho que isso sim é uma inversão de valores. Sempre aprendi que a justiça seria a promoção das melhores condições para todos e não apenas para aqueles que supostamente são os mais capazes para usufruir das melhores oportunidades.

Depois dessas reflexões duas novas questões me surgiram: (a) se eu posso receber bolsa para pesquisar a escola, por que o menino e a menina que mais precisam da escola não podem receber uma bolsa mínima para ir à mesma escola que pesquiso e sou remunerado para isso? (b) será que, na verdade, me tornei um vagabundo e me levaram a crer que eu era um pesquisador “respeitável”? Vou continuar me questionando sobre isso.

____________________________
* Texto publicado em: Andrade, Marcelo. Será que sou mais um vagabundo? Jornal do professor, Goiânia, Adufg, ano III, n. 16, p. 3, jul./ago. 2014.


** Licenciado em Filosofia (1995), História (1996) e Sociologia (1996); Mestre em Educação (2000) e Doutor em Ciências Humanas (2006) pela PUC-Rio e a Universitat de València (Espanha). Bolsista do Programa Jovem Cientista (Faperj) e Bolsista de Produtividade em Pesquisa (CNPq). Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC-Rio. E-mails: marcelo-andrade@puc-rio.br; marcelo.andrade@pesquisador.cnpq.br.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Não sei quantas almas tenho


Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu. 
Fernando Pessoa.

Por que crianças não devem ter smartphones e tablets antes dos 12 anos

Publicado em : TECMUNDO
Você deixa que seus filhos pequenos ou outras crianças tenham acesso a smartphones ou tablets? Pois saiba que isso pode acarretar uma série de problemas no desenvolvimento deles. Dois grandes institutos da América do Norte — Sociedade Canadense de Pediatria e Academia Americana de Pediatria — foram responsáveis por uma série de estudos bem profundos sobre isso.
A conclusão a que chegaram é bem interessante. Segundo os especialistas, há diversos problemas causados pelos eletrônicos em crianças de até 12 anos. Está curioso para saber quais são eles? Então fique atento neste artigo para saber exatamente em que aspectos a utilização de Smartphones e tablets podem ser prejudiciais.

 1. Problemas de desenvolvimento cerebral

Os cérebros dos bebês crescem muito rapidamente nos primeiros anos de vida. Até completar dois anos, uma criança tem seu órgão triplicado em tamanho. Nesse período, os estímulos do ambiente — ou a falta deles — são muito importantes para determinar o quão eficiente será o desenvolvimento cerebral. Alguns estudos mostram que a superexposição a eletrônicos nesse período pode ser prejudicial e causar déficit de atenção, atrasos cognitivos, distúrbios de aprendizado, aumento de impulsividade e diminuição da habilidade de regulação própria das emoções.

2. Obesidade

Você já deve ter ouvido alguma afirmação similar a: “As crianças do século 21 fazem parte da primeira geração de pessoas que não vai viver mais do que os próprios pais”. Um dos grandes motivos para isso é a obesidade, que pode sim estar ligada ao uso excessivo de eletrônicos. Estima-se que crianças com aparelhos no próprio quarto têm 30% mais chance de serem obesas do que outras.

3. Problemas relacionados ao sono

A constante utilização dos aparelhos pode acabar gerando dependência em diversos graus diferentes. Um dos problemas relacionados a isso está no fato de que muitas crianças deixam de dormir para jogar, navegar ou conversar nos aparelhos. Além das consequências psicológicas causadas por isso, também é preciso lembrar que a falta de sono noturno pode gerar problemas de crescimento.

4. Problemas emocionais

Há estudos de diversas partes do mundo ligando diretamente a utilização excessiva de tecnologia a uma série de distúrbios emocionais. Entre os mais citados pelos pesquisadores estão: “Depressão infantil, ansiedade, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento problemático”. Crianças tendem a repetir comportamentos dos adultos e de personagens que consideram referências. Logo, a exposição a jogos e filmes com violência excessiva pode causar problemas de agressividade também às crianças de até 12 anos.

5. Demência digital

Psicólogos e pediatras dos institutos já mencionados afirmam: “Conteúdos multimídia em alta velocidade podem contribuir para aumento o déficit de atenção.”. Além disso, a exposição a isso também causa problemas de concentração e memória. O motivo para isso seria a redução de faixas neuronais para o córtex frontal, que acontece pelo mesmo motivo recém-mencionado.

6. Emissão de radiação

A discussão sobre a relação entre o uso de celulares e o surgimento de câncer cerebral ainda é bem polêmica — e pouco conclusiva. Mas há algo em que os cientistas concordam: as crianças são mais sensíveis aos agentes radioativos do que adultos. Por causa disso, pesquisadores canadenses acreditam que a radiação dos celulares deveria ser considerada como “provavelmente cancerígena” para crianças.

.....

Independente do quanto os médicos norte-americanos culpam os celulares e tablets por uma série de problemas infantis, é importante sempre ficar atento aos usos de cada aparelho. Manter os eletrônicos aliados à educação das crianças pode ser uma saída muito interessante, mas sempre evitando os excessos e a superexposição a conteúdos agressivos.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

SABONETEIRAS


Hoje na caminhada da manhã
Constatei algo novo e real,
Árvores, são como mulheres
Umas são comuns, 
Outras fêmeas fatais.
Tem árvore que é bem rechonchuda,
Tem as esbeltas ornamentais,
Tem umas de pele escamada
Tem as de pele esticada,
Tem as que trocam de pele
(Parece que fizeram peeling...)
Hoje na caminhada da manhã
Olhar essas árvores, notar...
São tantas por todos os lados
Parecem viver em família, 
Como não observar seus detalhes?
Impossível não me identificar
Peguei uma delas chorando,
Outra altiva ao seu lado,
Será que andaram brigando?
Árvores são meio esquisitas
Não têm dentes, não têm queixo, nem sorriem.
Mas vejam que interessante descobri.
Assim como as mulheres,
Muitas possuem colos fartos e, pasmem, 
Algumas tem saboneteiras.
Tem árvores ainda meninas,
Outras mal saíram do berço,
As adolescentes tem troncos retilíneos,
Parecem uma mocinha, 
não têm curvas,
não têm linhas.
Então ao ficarem adultas, 
São berços para outros seres,
Seguem fortalecendo seus galhos
Seus troncos e suas raízes.
E quando é chegada a velhice,
A árvore frágil de outrora,
Tornou-se provedora gentil,
Muitos filhos sustenta essa senhora
Agora seu tronco é firme
Não se pode mais movê-lo
Muitos braços são precisos
Para em abraço envolvê-lo.
E não há vento no mundo,
Capaz de fazê-la tremer,
Com raízes tão profundas
Fruto da sabedoria de anos,
Resta a nós, seres humanos
A mais nobre reverência a esse ser.
(Mariza Sorriso - in Das Raízes do Coração)
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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Começando uma nova etapa!

(...)E por falar em amor!!!
Não alimento o que não me faz bem, não ofereço reciprocidade ao que não tem sintonia comigo. Não sei viver de achismos, sou seletiva e só permito entrar em meu coração quem realmente for para ficar e merecer estar nele. Porque quem ganha este lugarzinho pode ter certeza que tem atenção, carinho e apoio para sempre.

                                                                 Larissa Romeika

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

SER PROFESSORA DE PORTUGUÊS


01 - Professora de português não nasce; deriva-se.
02 - Professora de português não cresce; vive gradações.
03 - Professora de português não se movimenta; flexiona-se.
04 - Professora de português não é filha de mãe solteira; resulta de uma derivação imprópria.
05 - Professora de português não tem família; tem parênteses.
06 - Professora de português não envelhece; sofre anacronismo.
07 - Professora de português não vê tv; analisa o enredo de uma novela.
08 - Professora de português não tem dor aguda; tem crônica.
09 - Professora de português não anda; transita.
10 - Professora de português não conversa; produz texto oral.
11 - Professora de português não fala palavrão; profere verbos defectivos.
12 - Professora de português não se corta; faz hiato.
13 - Professora de português não grita; usa vocativos.
14 - Professora de português não dramatiza; declama com emotividade.
15 - Professora de português não se opõe; tem problemas de concordância.
16 - Professora de português não discute; recorre a proposições adversativas.
17 - Professora de português não exagera; usa hipérboles.
18 - Professora de português não compra supérfluos; possui termos acessórios.
19 - Professora de português não fofoca; pratica discurso indireto.
20 - Professora de português não é frágil; é átona.
21 - Professora de português não fala demais; usa pleonasmos.
22 - Professora de português não se apaixona; cria coesão contextual.
23 - Professora de português não tem casos de amor; faz romances.
24 - Professora de português não se casa; conjuga-se.
25 - Professora de português não depende de ninguém; relaciona-se a períodos por subordinação.
26 - Professora de português não tem filhos; gera cognatos.
27 - Professora de português não tem passado; tem pretérito mais-que-perfeito.
28 - Professora de português não rompe um relacionamento; abrevia-o.
29 - Professora de português não foge a regras; vale-se de exceções.
30 - Professora de português não é autoritária; possui voz ativa.
31 - Professora de português não é exigente; adota a norma padrão.
32 - Professora de português não erra; recorre a licença poética.


                                                                                                                      Facebook - 24/02/2014